Golpes virtuais: Como as empresas podem se proteger? Especialista oferece dicas de boas práticas para organizações se protegerem contra golpes e invasões virtuais
Com o aumento significativo dos golpes virtuais nos últimos anos, as empresas estão cada vez mais conscientes da importância de proteger suas operações. Nesse contexto, medidas como conscientização e treinamento, políticas de segurança, monitoramento de ameaças, atualização constante e parceria com empresas especialistas em segurança cibernética têm se destacado como estratégias eficazes na defesa dessas organizações.
Hoje, o Brasil é conhecido por ser um dos países que mais sofrem com ataques cibernéticos no mundo. Segundo levantamento feito pela Apura Cyber Intelligence, houve um crescimento no número de senhas vazadas no país, visto que a média mensal de usuários que tinham algum problema com vazamentos de senhas era de 6 milhões em 2022, enquanto em 2023 o número saltou para, em média, 9 milhões.
Rafael Julio dos Santos, coordenador de cibersegurança da Belago, multinacional referência em soluções de tecnologia, afirma que o primeiro passo é a conscientização e treinamento dos funcionários. “A implementação de treinamentos sobre segurança cibernética visa capacitar os colaboradores a reconhecer e lidar adequadamente com possíveis ameaças. Além disso, a definição de políticas de segurança é um passo essencial para a proteção completa. Isso inclui a instalação de sistemas de proteção, como antivírus, firewalls e software de detecção de intrusões, além de senhas fortes e autenticação em dois fatores,” comenta.
O especialista também afirma que é importante investir em monitoramento e detecção de ameaças. “Implementar sistemas de monitoramento de rede e análise de comportamento ajuda a identificar atividades suspeitas e potenciais ataques. Dessa forma, as empresas podem responder rapidamente a qualquer incidente de segurança, minimizando o impacto dessas ameaças”, complementa.
Recentemente, o Governo Federal promulgou a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), que é um conjunto de diretrizes e medidas estabelecidas para garantir a segurança dos sistemas de informação e comunicação do país. Ela visa proteger infraestruturas críticas, dados sensíveis e informações confidenciais contra ameaças cibernéticas, como ataques hackers, roubo de dados, sabotagem e espionagem. O especialista comenta que “essa iniciativa fortalece a resiliência do país diante dos crescentes desafios e complexidades do cenário atual”.
Abaixo, confira cinco medidas que devem ser priorizadas para garantir a proteção de dados dos usuários.
- Educação Continuada
Capacitar equipes sobre os sinais de ameaças cibernéticas e as melhores práticas de segurança é essencial. Treinamentos regulares podem ajudar funcionários a identificar e neutralizar tentativas de invasão antes que elas se concretizem.
- Infraestrutura Robusta
Investir em ferramentas de segurança, como firewalls avançados, programas antivírus e antispam atualizados, e implementar uma rede privada virtual (VPN) para acessos externos são medidas técnicas eficazes na proteção contra invasões.
- Gerenciamento de Senhas
Orientar equipes para o uso de senhas fortes, únicas para cada serviço, e utilizar gerenciadores de senhas corporativos são ações fundamentais para reduzir o risco de acessos indevidos.
- Atualizações de Software e Backups Regulares
Manter os sistemas operacionais e aplicativos atualizados com as últimas versões e patches de segurança reduz a vulnerabilidade a ataques que exploram brechas já conhecidas, enquanto realizar cópias de segurança de dados críticos e armazená-los em locais seguros, preferencialmente offline, garante a recuperação de informações no caso de um incidente de segurança.
- Política de Resposta a Incidentes
Dispor de um plano de ação claro e eficaz permite uma resposta rápida e organizada a incidentes de segurança, minimizando danos e restaurando operações com brevidade.
A contratação de profissionais e serviços especializados em cibersegurança é o primeiro passo na defesa de dados sensíveis, sistemas e redes empresariais. Com a expertise para identificar vulnerabilidades e implantar medidas de segurança robustas, equipes especializadas podem antecipar e mitigar ameaças cibernéticas, além de reforçar a proteção contra ataques comuns.
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