Demanda por seguro contra riscos cibernéticos dispara no Brasil. De acordo com uma nova pesquisa, o segmento gerou níveis recordes de negócios desde 2019.
O aumento dos incidentes de segurança cibernética no Brasil fez com que aumentasse a demanda por seguros para riscos nessa área, segundo números da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
De acordo com a associação, o segmento de seguro contra riscos cibernéticos gerou o volume de negócios mais significativo em março de 2022 desde a criação desse tipo de cobertura em 2019. Com 13 milhões de brasileiros (US$ 2,7 milhões) em apólices de seguro vendidas, a categoria viu um aumento de 23,4% em relação ao mesmo mês de 2021.
O volume de negócios gerados nos primeiros três meses do ano atingiu 34,5 milhões de reais (US$ 7,2 milhões). Segundo a CNseg, trata-se de um aumento de 41,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Totalizando 113 milhões de reais (US$ 23,6 milhões), os prêmios de seguro pagos por incidentes de cibersegurança em 12 meses de março de 2021 a fevereiro de 2022 são quase 100% maiores do que o mesmo período entre 2020 e 2021.
O seguro de risco cibernético no Brasil é voltado para usuários corporativos, incluindo PMEs. Segundo a CNseg, esse tipo de seguro cobre os pedidos de resgate de sequestro de dados observados em ataques de ransomware, bem como a investigação necessária para apurar o que causou o ataque e outras perdas, incluindo lucros cessantes e despesas operacionais decorrentes da interrupção das atividades corporativas.
Além disso, o seguro tende a cobrir possíveis custos decorrentes de tentativas de recuperação ou reparo de dados em caso de vazamento de dados. As políticas também incluem custos para responder a investigações de órgãos reguladores, bem como as multas impostas em processos regulatórios. Os custos relativos a reclamações legais de clientes devido a vazamento de dados também são cobertos.
De acordo com pesquisa separada da empresa de análise IDC, os gastos gerais com segurança devem chegar a quase US$ 1 bilhão no Brasil este ano, um aumento de 10% em relação a 2020. Desse total, os gastos com soluções de segurança chegarão a US$ 860 milhões, disse o analista, com a segurança na nuvem se tornando uma área de foco principal para os tomadores de decisão de TI brasileiros.
A empresa de pesquisa previu que 2022 verá as empresas lidando com um número crescente de ataques cibernéticos, uma tendência que ganhou ritmo desde o início da pandemia do COVID-19. A pesquisa acrescentou que os serviços gerenciados de detecção e resposta (MDR) continuarão ganhando terreno à medida que a demanda por profissionais qualificados se intensifica.
Segundo a IDC, do ponto de vista do consumidor, os brasileiros estão preocupados com a segurança de seus dados pessoais. O estudo constatou que 67% dos entrevistados afirmaram que já restringem o uso de determinados aplicativos devido ao tráfego de dados gerado pelos dispositivos. De acordo com o IDC, os incidentes de segurança impactaram 15% dos brasileiros, contra 14% dos entrevistados de outros países da região.
Fonte: ZDNet
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