90% das empresas pretendem investir em segurança digital em 2023, aponta pesquisa da Deloitte com a participação de 501 empresas.
Menos de 1/3 do empresariado qualificou o nível de segurança cibernética de sua organização como alto ou muito alto .
A nova edição da pesquisa ‘Agenda’, realizada anualmente pela Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, revela que os investimentos em segurança digital já fazem parte da estratégia competitiva das empresas. A ampla maioria (88%) dos entrevistados pretende investir nessas tecnologias em 2023 — sendo que 42% afirmam que o farão ampliando o volume de investimentos já feitos nesta frente ao longo do ano, enquanto 46% manterão o mesmo volume de investimentos feitos no ano passado.
A intenção de aumentar os investimentos é positiva, uma vez que apenas 28% dos empresários qualificaram o nível de segurança digital de suas empresas como alto ou muito alto. Para 36% do empresariado, o nível de segurança é moderado, enquanto 24% o consideram médio; 5% admitem que o nível de segurança digital da empresa é baixo.
“A pesquisa deixa claro que a consciência cibernética vem se tornado mais presente na agenda das empresas; e que ainda é preciso avançar bastante. Percebe-se, inclusive, que a atenção dos executivos irá se voltar para algumas áreas específicas em 2023, como infraestrutura tecnológica, aplicações aos clientes e gestão de documentos. Novas tecnologias, como Metaverso, podem se fortalecer futuramente como tendência em CRM (gestão de relacionamento com o cliente), o que exigirá, entre outras coisas, abordagens mais sofisticadas de segurança digital”, destaca André Gargaro, sócio-líder da Deloitte Cyber.
As áreas de segurança digital que receberão mais investimentos dos empresários em 2023, em respostas múltiplas dos entrevistados, são: infraestrutura tecnológica (32%), aplicações aos clientes (23%), gestão de documentos (21%), intranet da empresa (18%), canais de venda e pagamento (17%), gestão de CRM (15%), site da empresa (15%) e aplicações com fornecedores (13%).
“Os executivos brasileiros sabem que uma agenda de investimentos estratégicos, principalmente em tecnologia e inovação, será fundamental para transformar as atividades das empresas, a fim de que mantenham a competitividade num cenário corporativo desafiador — e segurança digital é parte importante dessa estratégia”, destaca João Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte.
Metodologia e amostra da pesquisa
A edição de 2023 da pesquisa “Agenda” contou com a participação de 501 empresas, cujas receitas líquidas totalizaram R$ 2,1 trilhões em 2022 — o que equivale a 21% do PIB brasileiro. A distribuição geográfica da amostra ocorre da seguinte forma (considerando a sede administrativa das empresas): 74% na Região Sudeste, 14% na Região Sul, 7% no Nordeste e 5% no Centro-Oeste e no Norte do País. Do total dos respondentes, 90% estão em nível executivo, ou seja, em cargos de conselho, presidência, diretoria e gerência. Adicionalmente, 36% das empresas participantes são de prestação de serviços, 16% de Manufaturas, 13% de Infraestrutura, 11% de TI e Telecomunicações, 10% de Serviços Financeiros, 7% de Agronegócio, 5% de Comércio e 2% Extrativas. Do total de empresas participantes, 94% são privadas e 41% exportam e importam. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 2 de fevereiro de 2023 e 5 de março de 2023.
Veja também:
- Aumenta o comércio de contas roubadas ChatGPT Premium
- Fortinet expande seu programa de certificação NSE
- O impacto da estratégia de cibersegurança dos EUA na infraestrutura crítica
- Cremesp lança guia inédito sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
- STJ e a importância de profissionalizar investigações corporativas
- ChatGPT: mundo nunca mais será como antes depois da ferramenta
- ChatGPT o que significa para Segurança de Dados
- Como prevenir ataques DDoS como ocorreram no programa Bolsa Família
- Consumidores ameaçam boicotar empresas por falta de higiene de dados
- Como a ISO 27001 pode ajudar as empresas no quesito segurança da informação?
- Empresas que negligenciam a SI correm riscos que vão além do vazamento de dados
- Sanções reforça fiscalização da LGPD e intensifica necessidade da ISO 27001
Deixe sua opinião!