PIX: o que não te contaram. O PIX é o meio de pagamento que chegou para facilitar as transações bancárias. Com apenas uma chave, é possível transferir ou receber a quantia que desejar, para o banco que quiser, no momento apropriado, em questão de segundos.
Por ser uma transação sem limite mínimo de transferência e com dados de identificação relativamente fáceis de serem cadastrados, como o CPF ou o número de telefone, ela tende a se tornar uma modalidade muito mais simples, o que leva a sua rápida popularização. Porém, um dos maiores problemas de segurança é justamente esse.
Com uma agilidade ímpar em transações interbancárias, sem que sejam necessários dados bancários para a sua realização, as fraudes tendem a se multiplicar.
Diante de incertezas e de muitas teorias, preparamos os mitos e verdades sobre o PIX:
É mito que os links recebidos por e-mail possibilitam o cadastramento no PIX. Principalmente no início, o grande problema estava nessa etapa. Muitas pessoas recebiam mensagens falsas solicitando informações bancárias ou com links enganosos. Porém, ele só pode ser feito em ambientes seguros, seja no aplicativo do banco, diretamente na agência ou acessando o site oficial da instituição financeira. Também não é indicado o uso de links recebidos em aplicativos de mensagens, ligações aleatórias, etc.
É verdade que os danos pela internet são maiores. Operações digitais são muito trabalhosas de serem desfeitas, então todo o cuidado é fundamental. Com a facilidade e rapidez, o crédito é recebido em segundos. Caso a transferência seja efetivada, não existe mais a possibilidade de desfazê-la com uma correção ou bloqueio.
É mito que o PIX não é seguro. Em relação às instituições financeiras, essa é só mais uma forma de transacionar dentro da sua plataforma. Ela segue todo o protocolo de autenticação e segurança de todas as outras, segundo todos os procedimentos exigidos pelas agências reguladoras. O sistema bancário brasileiro tem um nível bem elevado de segurança.
São investidos milhares de reais para manter e atualizar esses sistemas complexos de análises, para identificar e barrar operações fraudulentas de forma constante. Hoje, eles são responsáveis por garantir ao máximo a integridade dos sistemas.
É verdade que o seu elo mais fraco na verdade são as pessoas. Por isso, as instituições ainda deveriam investir em educar seus funcionários e seus clientes, porque eles são capazes de criar situações em que os mais complexos sistemas de análise não conseguem identificar um acesso a uma conta fraudulenta. Mesmo porque, a fraude atua por meio das informações do usuário e em todas as suas autenticações.
O que fazer para se proteger
As dicas não valem somente para o PIX, mas, sim, para qualquer acesso ao banco. É importante utilizar sempre um equipamento próprio para esse fim, não acessar de um computador ou celular desconhecidos.
Outras boas práticas para se proteger são: apostar na criação de senhas complexas, nunca passar informações de acesso a outras pessoas ou anotá-las em locais comuns, e manter os equipamentos com seus sistemas operacionais sempre atualizados e ativos, como firewalls, antivírus, entre outras ferramentas de proteção.
Como toda a transação, ainda é importante garantir o valor a ser transferido e o destinatário. Mesmo porque, a maior parte das fraudes ainda está relacionada a enganar o consumidor com informações falsas sobre o PIX, trocando números e QRcodes nos estabelecimentos, com o intuito de informar um destino diferente para o recurso transferido. Em caso de dúvida, o indicado é sempre entrar em contato com o responsável para confirmar as informações.
Um dos grandes furos na segurança é uma ação muito comum, como associar a forma de desbloqueio dos dispositivos ao ambiente bancário ou preencher o cadastro de forma automática. Muitas vezes, a senha do aplicativo do banco que tem 6 caracteres é substituída pela senha do celular que pode ser um desenho simples ou uma senha de 4 dígitos que não é auditada em complexidade pelo banco.
Por fim, o sistema PIX não é falho, mas o usuário pode ter guardado as informações confidenciais de forma leviana e, com isso, toda a segurança é colocada em risco. Para evitar eventuais problemas, é importante lembrar que independente da quantia, o banco é como um “cofre”, um ambiente seguro. Se fosse físico, ele estaria escondido ou disfarçado, mas jamais teria a sua chave à vista.
Por Waldo Gomes, diretor de marketing e relacionamento da Netsafe Corp
- NIST lança definição de ‘software crítico’ para rede e recursos de computação
- Micropatches para PrintNightmare estão disponíveis na plataforma 0patch
- PrintNightmare – zero day EoP combinado com RCE – divulgado por “engano” por pesquisadores chineses
- Relatório de Segurança da Força de Trabalho Remota 2021
- O que são contêineres de nuvem e como eles funcionam?
- Novo ransomware baseado em REvil
- AWS adquire serviço de comunicações criptografadas Wickr
- Gestão de segurança: por que apostar?
- CADE firma parceria com ANPD
- Idec notifica Droga Raia por cadastro de biometria de clientes
- Perdas com BEC chegam a $1,8 bilhão conforme as táticas evoluem
3 Trackbacks / Pingbacks