Dados do Facebook influenciaram votação pela saída do Reino Unido da União Européia. Um ex-funcionário acusou nesta terça-feira, dia 27, a empresa Cambridge Analytica de ter aproveitado clandestinamente dados de usuários do Facebook e recorrido a caixa 2 para fraudar o plebiscito sobre a saída do Reino Unido da União Europeia em 2016, o Brexit. A companhia é centro de um escândalo de vazamento de informações de integrantes da rede social para influenciar a última eleição nos EUA, a favor de Donald Trump.
A campanha do Brexit, tinha limites de gastos impostos pelo governo, no entanto tal limite teria sido burlado através de empresas e grupos de fachada não ligados diretamente ao processo.
Wylie afirmou que a campanha pelo Brexit teria investido 40% de seu orçamento – com base em doações privadas – em serviços da AIQ – Aggregate IQ – empresa canadense de fachada que pelo que tudo indica é parte da Cambridge Analytica. O teto de gastos da campanha era de £ 7 milhões – R$ 33 milhões –, mas esse limite teria sido contornado graças a pagamentos realizados por um grupo estudantil pró-Brexit, o BeLeave, que não fazia parte da campanha. Esse grupo de ativismo paralelo investiu £ 625 mil (R$ 2,9 milhões) em serviços prestados pela AIQ.
Outros dois grupos pró-Brexit, Veterans for Britain e o partido unionista da Irlanda do Norte (DUP), também teriam contratado serviços da AIQ. Segundo dados oficiais, os grupos que defendiam a saída da UE teriam gasto um total de £16,4 milhões – contra £ 15,1 milhões dos grupos em favor da permanência.
Pela lei eleitoral britânica, os orçamentos dos grupos anti-UE deveriam ser independentes e sem contato. Mas, segundo Wylie, as despesas faziam parte de uma estratégia comum que teria burlado os limites de gastos da campanha. “O resultado do plebiscito poderia ter sido diferente se não tivesse sido fraudado”, disse Wylie. “Muitas pessoas apoiaram o Leave porque acreditavam na aplicação da lei britânica e na soberania britânica. Mas alterar de forma definitiva a Constituição com base em uma fraude é uma mutilação da Constituição deste país.”
O escândalo de vazamento de dados do Facebook pela Cambridge Analytica parece não parar por aí, existem suspeita de outros grupos envolvidos na fraude eleitoral que influenciou o resultado do Brexit. Ao que tudo indica nas últimas revelações os dados pessoais colocados no Facebook podem e estão sendo usado além do seu objetivo principal social a muio tempo. Aqui no Brasil temos visto diversas notícias de difamação e divulgação de “fake news” (notícias falsas) a muito tempo, é só chegarmos perto de eleições ou de fatos importantes como as condenações impostas pela operação Lava Jato, que vemos uma enxurrada de notícias difamatórias circulando na internet com fins específicos de enfraquecer os atores dos fatos.
No plano mais recente o assassinato da vereadora Marielle no Rio de Janeiro foi alvo de diversas notícias a respeito de Marielle tentaram difamar a vereadora e diminuir seu trabalho à rente da comunidade negra e de defesa dos cidadãos das comunidades Cariocas. Verdadeiras ou não, o fato é que as notícias despertaram ira daqueles que conviviam de maneira mais próxima da vereadora assassinada e dos organismos de defesa social e de direitos humanos mundiais.
Neste contexto o melhor a fazer é questionar a veracidade de tudo que lemos nas mídias sociais, e antes de tudo não tomar estes fatos como verdadeiros antes que mídias de comunicação mais idôneas confirmem ou desmintam o que foi propagado em paralelo devemos divulgar e trabalhar por “Redes Sociais Limpas“.
Vídeo de Fonte Desconhecida
Fonte: Jornal Estado de São Paulo – Estadão
Veja também:
- Entenda o escândalo de vazamento de dados do Facebook
- Novo Ransonware Zenis apaga arquivos mesmo que resgate seja pago
- Deus perdoa, mas a Internet não !
- A nuvem está mudando os gastos com segurança
- Informações de 60 milhões de usuários do Facebook foram vazadas
- Proteja sem Depender do Usuário
- Informações de 1,3Milhões de clientes da Walmart vazam em Bucket da Amazon S3 de parceiro
Deixe sua opinião!