Resiliência cibernética em foco
A conversa sobre cibersegurança está evoluindo. Não é mais uma questão apenas de prevenir ataques, mas de garantir que as empresas possam se recuperar quando isso acontecer. As seguradoras cibernéticas pressionam cada vez mais para que as empresas fortaleçam a proteção de dados, os líderes de IT repensam suas prioridades e a escassez de talentos transformou a segurança em uma responsabilidade de todos. Ao mesmo tempo, as empresas estão evitando soluções muito complexas, priorizando agora a simplicidade e a confiabilidade. Confira abaixo como essas mudanças estão moldando o futuro da segurança cibernética.
Seguradoras querem mais proteção e resiliência
Veremos aumentar cada vez mais a pressão das seguradoras para garantir que seus clientes implementem abordagens adequadas para melhorar a proteção de dados e a resiliência. É do interesse tanto dos subscritores, que avaliam os riscos das apólices, quanto das próprias empresas seguradas garantir que sejam capazes de recuperar os dados essenciais da companhia caso sejam corrompidos ou roubados em um ataque. A questão das empresas é: qual o sentido de receber o valor de uma apólice se não houver mais dados para recuperar?
Uma visão mais ampla das lideranças
No ano passado, observamos um comportamento mais conservador dos C-level em relação aos orçamentos, isso devido à incertezas econômicas e políticas. Ainda assim, os líderes investiram em ferramentas chamativas de segurança cibernética para se proteger contra crimes cibernéticos
Agora, esses mesmos líderes estão reavaliando se seus negócios estão seguros apenas com essas medidas proativas de proteção e questionar o que é realmente importante para a empresa e o que vai garantir a continuidade dos negócios. Veremos investimentos equilibrados entre essas soluções preventivas e uma visão mais completa de resiliência cibernética, que inclui o armazenamento imutável de backup para garantir a recuperação em caso de um ataque.
Além das fronteiras da TI
Um relatório recente da ISC2 revelou que a equipe de segurança cibernética cresceu apenas 0,1% dentro das empresas em 2024, devido a cortes de orçamento, demissões e congelamentos de contratação, apesar da contínua escassez global de talentos. O déficit de habilidades em segurança cibernética é um desafio que só vai piorar, e a responsabilidade pela cibersegurança vai ultrapassar as fronteiras do departamento de IT, tornando-se uma preocupação da empresa como um todo. Cabe à liderança implementar treinamentos e programas educacionais de resiliência como parte do processo de onboarding e das iniciativas regulares de RH para as equipes.
Um retorno à simplicidade para a indústria de TI
A tecnologia se tornará mais simples nos próximos meses e anos. A indústria de TI está repleta de ótimas tecnologias, mas muitas são complicados de usar e nem todas atendem o suficiente. As empresas cansaram dessas soluções que prometem muito e entregam pouco, e agora buscam soluções simples que tenham uma função principal de forma eficiente, sem exigir muita supervisão ou manutenção.
As ameaças cibernéticas só estão aumentando, e os negócios também não podem desacelerar. As empresas precisam focar em estratégias práticas e resilientes que garantam recuperação e continuidade, e as seguradoras cibernéticas, os líderes de TI e esforços de segurança em toda a empresa têm um papel fundamental nessa nova jornada de transformação.
Por David Bennett, CEO, Object First
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