O uso da tecnologia como estratégia na capacitação do profissional da geração Z. Mais da metade dos jovens da geração Z acreditam que a tecnologia os torna mais produtivos no trabalho.
Segundo pesquisa da Deloitte, mais da metade dos jovens da geração Z acreditam que a tecnologia os torna mais produtivos no trabalho. Então por que não usá-la para além das demandas do dia a dia? De acordo com a Daniela Luiz, sócia-diretora da Didáctica, empresa especializada em educação corporativa, ferramentas digitais podem ser grandes aliadas para capacitar o profissional nascido entre a década de 90 e 2010, já que possuem um perfil que presa pela interatividade, flexibilidade e personalização
Conectados, dinâmicos e interativos. Essas são algumas das características dos profissionais que englobam a chamada Geração Z. Diferentes de gerações anteriores, eles têm uma visão atualizada sobre processos burocráticos no dia a dia do trabalho. “Eles estão sempre em busca de inovações, de meios que possam otimizar tarefas. Querem focar no que realmente irá fazer a diferença e, se não encontram ferramentas para isso, logo são desestimulados”, comenta Daniela. E o principal armamento para eles é o uso da tecnologia.
Os nascidos entre as décadas de 90 e 2010 cresceram em um mundo digital e estão acostumados com o uso de dispositivos eletrônicos, tendo uma maneira diferente de aprender e absorver informações. De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, 71% dos jovens acreditam que a tecnologia os torna mais produtivos no trabalho; e 92% dos entrevistados afirmaram que ela é uma das principais formas de manterem-se atualizados e preparados para o mercado de trabalho. “Eles saem da faculdade com um aprendizado teórico, que precisa ser aperfeiçoado na prática. E é um papel das empresas capacitar esses profissionais para o mundo real. Mais importante do que é isso, é saber a maneira correta de conversar com esse público”, comenta a diretora da Didáctica. “É preciso entender que a linguagem de aprendizado desse público é totalmente diferente dos profissionais de décadas atrás. Se não falarmos na linguagem deles, logo procurarão outro lugar. A boa notícia é que hoje é possível usar a tecnologia, das mais diferentes formas, quando o assunto é ensino, contribuindo para um ganho profissional e pessoal. As soluções digitais possibilitam uma experiência de aprendizagem mais interativa e engajadora”, complementa.
:: AGORA É QUE SÃO ELES!
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o LinkedIn, a geração Z representa cerca de 23% da força de trabalho mundial e deve chegar a 30% até 2030. Somente no Brasil, já são 30 milhões destes jovens, que influenciam diretamente o mercado de trabalho. “Eles buscam empregos que ofereçam oportunidades de aprendizado e desenvolvimento profissional, por isso, utilizar a tecnologia como tática de capacitação é essencial para manter esses profissionais motivados”, destaca.
De acordo com Daniela, há diversas formas de capacitação que podem ser feitas no meio digital, como plataformas de e-learning, que oferecem cursos e treinamentos online, e que permite ao profissional estudar no seu próprio ritmo e de qualquer lugar; e a gamificação, jogos e simulações que ensinam de uma forma divertida e engajadora e permitem que o profissional teste seus conhecimentos em um ambiente controlado e seguro antes de aplicá-los na prática. “Temos uma demanda grande na procura por este tipo de treinamento, dentro da Didáctica. O mercado está, cada vez mais, cercado deste profissional, e para que eles engajem com a empresa é preciso falar a língua deles. De nada adianta eu construir um treinamento super legal e colocá-los todos sentados na sala de aula, com um quadro negro. Eles não vão engajar. O segredo de trazer as habilidades desta geração para o seu negócio, está justamente na maneira que você irá se comunicar com eles”, destaca.
:: ENGAJAMENTO E MOTIVAÇÃO
Ainda de acordo com a especialista, a aplicação da educação corporativa dentro das empresas e instituições é uma ferramenta importante para o desenvolvimento dos novos talentos, pois permite que os profissionais se mantenham atualizados e competitivos no mercado, além de conseguirem identificar pontos dentro da empresa que precisam ser trabalhados. “Os profissionais da geração Z valorizam o feedback constante e a possibilidade de colaborar com colegas em projetos e iniciativas. Para atender a essas necessidades, a educação corporativa pode utilizar ferramentas, como fóruns de discussão, plataformas de colaboração e avaliações contínuas de desempenho”, ressalta.
Outra tendência que se destaca na capacitação dos profissionais é a microaprendizagem, que consiste em oferecer conteúdo de aprendizado em pequenas doses, para que os colaboradores possam acessá-los facilmente em seus dispositivos móveis. “Os mais novos estão em busca de oportunidades de desenvolvimento e aprendizado contínuo, e as empresas que oferecem essas oportunidades têm mais chances de atrair e manter esses talentos em seu quadro”, finaliza Daniela.
Veja também:
- Aplicação da LGPD aos organizadores de eventos
- Setor Farmacêutico e LGPD
- Para onde foram todos os especialistas?
- CISA alerta sobre falha de desvio de ASLR da Samsung explorada em ataques
- BrutePrint força smartphones a ignorar autenticação digital
- Estressado com o trabalho? Seis dicas para os CISOs melhorarem o ambiente profissional
- Requerimentos para implementação de DevSecOps no SDLC
- Sites falsos que se passam pelo ChatGPT representam alto risco
- Sua empresa está preparada para migrar para a nuvem?
- Exploração do KeePass permite que invasores recuperem senhas mestras da memória
- ANPD divulga nota técnica sobre tratamento de dados pessoais no setor farmacêutico
- Check Point Software alerta sobre nova variedade de malware móvel
Deixe sua opinião!