Ameaças cibernéticas e adoção de novas tecnologias digitais sem mão de obra especializada estão entre os principais riscos corporativos no Brasil para 2024, aponta pesquisa da Protiviti.
Os dois riscos citados, que figuram na pesquisa pela primeira vez, estão entre os dez mais cotados para 2024, conforme as respostas de executivos brasileiros
As ameaças cibernéticas e a adoção de tecnologias digitais, exigindo novas competências que estão em falta no mercado, figuram, pela primeira vez, entre os dez maiores riscos corporativos para 2024, aponta a tradicional pesquisa da Protiviti.
O estudo global, que está em sua 12° edição, foi baseado na percepção de 1.143 executivos do mundo todo, incluindo membros de conselho e líderes de organizações de diversos setores.
Dentro do aspecto do uso crescente da tecnologia para impulsionar a inovação e a eficiência, assim como o aumento da dependência de terceiros, foi possível observar a criação de mais oportunidades para a exposição de vulnerabilidades cibernéticas. Juntamente com essas preocupações, a análise aponta que os executivos também estão focados no desafio de lidar com as crescentes expectativas de proteção de identidade.
À medida em que as regulamentações proliferam e as expectativas gerais do público em torno da proteção de dados confidenciais e privados evoluem, a pesquisa revelou que os líderes empresariais estão atentos com a capacidade de sua organização em proteger a informação que coletam, processam, armazenam e gerenciam.
Por outro lado, a pesquisa aponta que as inovações disruptivas e a incapacidade de utilizar análises rigorosas de dados são pontos de atenção dentre os entrevistados. Isso porque o ritmo acelerado exigido por estas atividades são particularmente preocupantes para os entrevistados, enquanto se pensa sobre o posicionamento competitivo de longo prazo da organização.
Com isso, os avanços contínuos na Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias impulsionam uma onda de disrupção que terá impacto nos modelos de negócio, eliminará estratégias obsoletas e alterará as experiências dos clientes.
“Reconhecer a interação dos riscos de curto prazo e futuros é essencial para uma gestão abrangente dos riscos em toda a empresa. Essas reflexões oferecem aos executivos e membros do conselho informações valiosas sobre como estes riscos interligados podem impactar o sucesso estratégico e a viabilidade a longo prazo de uma organização”, analisa Daniela Coelho, diretora de Gestão de Riscos da Protiviti.
Segundo a pesquisa, a prospecção dos executivos para este ano também é uma preocupação para 2034, uma vez que exige novas competências que estão em falta no mercado. Para eles, o risco pode ser uma realidade tendo em vista que exige um preparo mais apurado de novos profissionais para acompanhar as tendências futuras na tecnologia.
“Diante dos riscos apontados, orientamos aos conselhos das empresas e aos líderes executivos que direcionem seus focos e esforços para gerenciar e mitigar as ameaças de maneira estruturada e contínua. São necessárias mais ações preventivas e estruturais para que as organizações estejam preparadas, inclusive, para reagirem diante de mudanças abruptas de cenários, como pandemias, guerras e eventos climáticos, que impactam economias e negócios”, recomenda a diretora-executiva da Protiviti Brasil, Heloisa Macari.
Abaixo, a lista dos maiores riscos corporativos no Brasil em 2024
- Mudanças no atual ambiente de taxas de juros
- [Novo risco] Condições econômicas, incluindo pressões inflacionárias
- Incapacidade de utilizar análises de dados para obter inteligência de mercado e aumentar a produtividade e a eficiência
- Capacidade de atrair, desenvolver e reter os melhores talentos, gerenciar mudanças nas expectativas de trabalho e enfrentar desafios de sucessão
- [Novo risco] Adoção de tecnologias digitais, exigindo novas competências que estão em falta no mercado
- [Novo risco] Ameaças cibernéticas
- Manter a fidelidade e a retenção de clientes
- [Novo risco] Facilidade de entrada de novos concorrentes ou outras formas de mudanças no ambiente competitivo
- [Novo risco] Garantir privacidade e a conformidade com as crescentes expectativas de proteção de identidade
- [Novo risco] Acesso a capital/ liquidez
Tendências para 2034
Além da análise atual de riscos feita pelos executivos, a pesquisa também buscou explorar o ponto de vista de longo prazo dos executivos entrevistados. Nesse contexto, das dez ameaças previstas para 2034, sete são novas em relação à previsão de 2032.
Além disso, cinco riscos da lista brasileira constam na lista global de riscos: ameaças cibernéticas; condições econômicas; adoção a tecnologias digitais; riscos de terceiros; e velocidade de inovação disruptiva.
Abaixo, o ranking dos maiores riscos corporativos para 2034, segundo executivos do Brasil:
- [Novo risco] Mudança no atual ambiente e taxas de juros
- [Novo risco] Ameaças cibernéticas
- Facilidade de entrada de novos concorrentes ou outras mudanças no ambiente competitivo
- Condições econômicas, incluindo pressões inflacionárias
- [Novo risco] Adoção de tecnologias digitais, exigindo novas competências que estão em alta no mercado
- Volatilidade nos mercados financeiros globais e nas taxas de câmbio
- [Novo risco] Mudanças nos mercados globais e nas políticas comerciais
- [Novo risco] Riscos de terceiros
- [Novo risco] Foco crescente nas mudanças climáticas e outras políticas e regulamentações de sustentabilidade e na expansão dos requisitos de divulgação, bem como nas expectativas dos principais stakeholders
- [Novo risco] Velocidade de inovações disruptivas possibilitadas por tecnologias avançadas e, ou outras forças de mercado
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