Segundo estudo divulgado pela Kaspersky Lab no início da semana, o número de golpes voltados à sequestros de dispositivos móveis cresceu 3,5 vezes entre janeiro e março deste ano, seguindo tendência de expansão e diversificação dos ataques hackers.
No primeiro quartil de 2017 foram identificados 218.625 Trojan-Ransomware, contra 61.832 no último quartil de 2016, um crescimento de 3,5 vezes.
86% dos ransomwares analisados pertencem a família do ransomware Trojan.Ransom.AndroidOS.Congur que usualmente possuem uma funcionalidade que troca o número do PIN ou instala uma senha caso não tenha sido instalada antes, tornando assim impossível o uso do aparelho e solictando ao usuário que entre em contato com o fraudador pelo QQ Menssenger para o desbloqueio. Alguns destes vírus também utilizam a funcionalidade de super usuário para instalar outros pacotes no sistema da vítima, objetivando outros ataques e sequestros de dados.
O gráfico acima mostra percentual geográfico do ataques Trojan-Ransomware Q1-2017
Segundo o relatório da Kaspersky os 10 principais países atacados são:
País % de usuários atacados
- USA 1.23%
- Uzbequistão 0.65%
- Canadá 0.56%
- Cazaquistão 0.54%
- Itália 0.44%
- Alemanha 0.37%
- Coréia 0.35%
- Dinamarca 0.30%
- Reino Unido 0.29%
- Espanha 0.28%
Aplicativos vulneráveis explorados por cibercriminosos
O primeiro trimestre de 2017 foi marcado pelo retorno do kit de exploração Neutrino, que havia abandonado o mercado de cibercriminosos no terceiro trimestre. Após Magnitude, a Neutrino está mudando o formato de distribuição e abandonando as campanhas em larga escala para se tornar um kit de exploração “privado”. Vários novos grupos – Nebula, Terror e outros – tentaram preencher o nicho vago, mas falharam: depois de uma breve explosão de atividade, sua distribuição rapidamente se tornou inútil. No momento, RIG e suas modificações continuam sendo o kit de exploração público mais popular e avançado.
Adobe Flash continuou a ser a única plataforma que demonstrou crescimento: apesar de não terem sido descobertas novas vulnerabilidades, o número de usuários atacados cresceu 20%. A maior queda foi na exploração dos diferentes navegadores – apenas 43,7% dos ataques foram direcionados aos navegadores web (contra 54% no trimestre anterior).
Ameaças on-line no setor bancário
As estatísticas da Kasperky são baseadas em informações recebidas de usuários que concordaram em fornecer seus dados estatísticos. A partir do primeiro trimestre de 2017, as estatísticas incluem programas maliciosos para caixas eletrônicos ATMs e terminais POS, mas não incluem ameaças móveis.
As soluções da Kaspersky Lab detectaram ameaças relativas a roubo de informações bancárias em 288.000 computadores no primeiro trimestre de 2017.
Segundo o relatório da Kaspersky os 10 países mais afetados por ataques bancários no primeiro trimestre de 2017 são:
País % de usuários atacados
- Alemanha 1.70%
- China 1.37%
- Líbia 1.12%
- Cazaquistão 1.02%
- Palestina 0.92%
- Togo 0.91%
- Tunísia 0.89%
- Armênia 0.89%
- Venezuela 0.88%
- Taiwan 0.87%
O gráfico acima mostra percentual geográfico do ataques no setor bancário Q1-2017
Ransomware
foram identificadas 11 novas famílias e 55.679 novas variações de ransomware no Q1-2017
Na lista dos 10 países mais atacados por ransomwares, o Brasil aparece em segundo lugar, sendo precedido pela Itália
País % usuários atacados por ransomware
Itália 1.87%
Brasil 1.07%
Japão 0.99%
Vietnã 0.74%
Holanda 0.73%
Cambodja 0.70%
Uganda 0.66%
Filipinas 0.65%
Venezuela 0.63%
Nigéria 0.60%
Países onde os usuários enfrentavam o maior risco de infecção on-line
Para avaliar o risco de infecção on-line enfrentada por usuários em diferentes países, a Kaspersky calculou a porcentagem de usuários em cada país que encontrou onde detectou infecções no trimestre. Os dados resultantes apresentam uma indicação da agressividade do ambiente computacional nos diferentes países.
A classificação utilizadas inclui apenas ataques de programas maliciosos que se enquadram na classe Malware. A avaliação não incluiu detecção de módulo de antivírus da Web de programas potencialmente perigosos ou indesejados, como RiskTool ou adware.
País % de usuários atacados
Argélia 37,67%
Bielorrússia 33,61%
Tunísia 32.04%
Ucrânia 31.98%
Cazaquistão 29.96%
Azerbaidjão 29.95%
Albânia 29.80%
Bangladesh 29.51%
Catar 29,41%
Armênia 29.02%
Grécia 28,21%
Moldávia 27.46%
Venezuela 27,37%
Quirguistão 27.02%
Vietnã 26,87%
Rússia 26,67%
Marrocos 25,65%
Sri Lanka 25.42%
Brasil 25,10%
Sérvia 24.18%
O gráfico acima mostra percentual geográfico de ataques maliciosos pela Web Q1-2017
fonte: Kasperky Lab Q1-2017
por: MindSec 31/05/2017
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