Papel da cibersegurança cresce

Papel da cibersegurança cresce em meio à alta vulnerabilidade digital.

Ferramentas de IA podem apoiar monitoramento de ataques, mas empresas ainda enfrentam dificuldades em implementar recursos seguros, diz eles do Cipher no Dia da Internet Segura.

Dia Internacional da Internet Segura, celebrado no dia 11 de fevereiro, acende um alerta para o mercado de cibersegurança mundial. De acordo com o relatório “Global Cybersecurity Outlook 2025”, divulgado em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial, o aumento crescente de ataques cibernéticos dificulta o gerenciamento eficaz de risco, impulsionado por um cenário desafiador que inclui a rápida adoção de tecnologias emergentes, as tensões geopolíticas, a dependência de cadeias de suprimentos mais complexas e novos requisitos regulatórios.

O relatório, que analisa as tendências de segurança cibernética que impactarão economias e sociedades no próximo ano, aponta que, apesar de 66% das organizações preverem que a inteligência artificial (IA) terá um impacto significativo na segurança cibernética, apenas 37% dos entrevistados têm a capacidade de avaliar a segurança das ferramentas antes da sua implementação. Embora o dado exponha uma fragilidade do setor, ele reforça a necessidade de somar a IA à uma infraestrutura robusta de cibersegurança, capaz de proteger operações de forma efetiva e evitar qualquer vulnerabilidade ao patrimônio digital, além de assegurar o processamento seguro de dados e informações sensíveis.

“Muitas entidades lutam com os recursos necessários para prever e detectar riscos digitais, mas precisamos ter em mente que cibercriminosos também já utilizam diversas tecnologias no seu dia a dia. Essa ameaça eleva ainda mais o papel da cibersegurança no atual cenário de vulnerabilidade social que enfrentamos”, explica Paulo Bonucci, VP Latam para a Cipher, divisão de cibersegurança do Grupo Prosegur. “A IA não é apenas uma vantagem no setor, mas algo intrínseco para o mercado que precisa ir além dos métodos tradicionais de proteção e buscar defesas que sejam mais e precisas” complementa.

Apesar das preocupações acerca da sua implementação, a inteligência artificial continuará sendo um dos principais aliados da cibersegurança nos próximos anos. Somada à automação, a IA permanece como uma das tecnologias capazes de entregar uma maior eficiência operacional para as empresas, além de operar com uma maior agilidade, o que ajuda a mitigar os riscos de um ataque. “Há uma procura por softwares de varredura automatizada, por exemplo, que podem detectar falhas de segurança que poderiam passar despercebidas por análises tradicionais. Além disso, a IA pode analisar cenários que apresentem potenciais riscos, apoiando o sucesso da gestão ao reduzir falsos positivos e promovendo um tempo de resposta mais rápido”, complementa Paulo.

Por outro lado, há desafios e considerações éticas que precisam ser levados em conta. Segundo a Cipher, a privacidade dos dados e a necessidade de treinamento constante dos algoritmos para garantir precisão das recomendações e respostas são apenas alguns dos pontos críticos que o setor de cibersegurança tem enfrentado. Esse treinamento de algoritmo, alimentado por dados inteligentes, é essencial para garantir que ataques sejam monitorados e detectados rapidamente, por tratar-se de um processo automatizado que auxilia no reconhecimento de padrões.

“Enquanto o mercado debate as tendências previstas para o setor, a segurança e a transparência continuarão no centro do debate, que depende da integração de tecnologias eficazes para evoluir com soluções mais fortes contra crescentes ameaças de fraude e roubos de dados”, diz o executivo de Cipher.

Fonte: Computerweekly 

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