Home office: 30% das empresas seguirão com esse modelo após a pandemia. Pesquisa realizada pela Fortinet em 17 países, incluindo Brasil, revela ainda que o investimento no teletrabalho seguro passará dos US$ 250.000 para a maior parte das corporações nos próximos dois anos
A Fortinet®, fornecedora de soluções amplas, integradas e automatizadas de cibersegurança, divulgou os resultados de um estudo sobre os desafios enfrentados pelas empresas na transição para o trabalho remoto, os investimentos realizados e os planos para o futuro.
A pesquisa, realizada em junho de 2020, entrevistou diretores de TI de 17 países, incluindo Brasil, e contou com a participação de 400 entidades públicas e privadas com mais de 2.500 funcionários de quase todos os setores, entre eles Saúde, Educação, Energia, Varejo, Tecnologia, Finanças e Governo.
Entre os dados coletados, está a previsão da continuidade do trabalho remoto em longo prazo, com quase 30% das organizações planejando manter mais da metade de seus funcionários nesse modelo em tempo integral após a pandemia.
Para isso, mais de 90% das empresas planejam aumentar seus investimentos em segurança cibernética, sendo que quase 60% delas vão investir mais de US$ 250.000 nos próximos dois anos, incluindo a atualização de seus sistemas existentes e a adição de novas tecnologias.
O estudo da Fortinet revelou ainda que apenas 40% das organizações tinham um plano de continuidade de negócios em vigor antes da pandemia e que, como resultado dela e da rápida mudança para o trabalho remoto, 32% passarão a investir mais nesta área.
Quase dois terços das empresas pesquisadas tiveram que fazer a transição rápida de mais da metade de sua força de trabalho para o home office e a maioria dos entrevistados disse que essa mudança representou um grande desafio para sua organização, especialmente ao que diz respeito à garantia de conexões seguras e ao acesso a aplicativos essenciais aos negócios.
“Vimos o investimento em VPN, controle de acesso e segurança na nuvem crescer em pelo menos metade das organizações, assim como a busca por profissionais de TI qualificados”, comenta Frederico Tostes, country manager da Fortinet Brasil e VP de Cloud para a América Latina. “As empresas enxergaram muitos benefícios no novo modelo de trabalho, mas também sentiram um aumento significativo nas tentativas de ataques cibernéticos por conta da maior dependência do uso de dispositivos pessoais e do acesso de funcionários fora da rede corporativa. Nesse cenário, não apenas o investimento em tecnologia é fundamental para manter os dados seguros, mas também o treinamento e a conscientização constante de todos os funcionários em segurança cibernética.”
De acordo com a pesquisa, 60% das organizações revelaram um aumento nas tentativas de violação de segurança cibernética durante a transição para o trabalho remoto, enquanto 34% relataram violações reais em suas redes.
Segurança cibernética – Embora as organizações tenham feito melhorias na proteção de suas forças de trabalho remotas desde o início da pandemia, os dados da pesquisa revelam diversas áreas que ainda devem receber investimentos para melhorar a conectividade remota segura. Essas áreas incluem:
- Autenticação multifator (MFA) – A pesquisa revelou que 65% das organizações tinham soluções VPN em vigor antes da pandemia, mas apenas 37% das organizações tinham autenticação multifator (MFA). Embora as VPNs desempenhem um papel importante na garantia da conectividade segura, elas são apenas parte da proteção do acesso. É recomendável que as organizações considerem a integração do MFA em seus planos de segurança remota.
- Segurança de endpoint e controle de acesso à rede (NAC) – 76% e 72% das organizações planejam atualizar ou adotar soluções de detecção e resposta de endpoint (EDR) ou NAC, respectivamente. Como os funcionários trabalham remotamente, as organizações enfrentam desafios para controlar o fluxo de dispositivos não confiáveis em suas redes para viabilizar o trabalho remoto, criando novos desafios de segurança do dia para a noite. Ao adotar soluções NAC, as equipes de TI obtêm maior visibilidade e controle sobre os usuários e dispositivos em sua rede. As soluções de EDR oferecem proteção contra ameaças avançada e em tempo real para terminais pré e pós-infecção.
- Rede de longa distância definida por software (SD-WAN) para residências – 64% das organizações planejam atualizar ou adotar SD-WAN especificamente para home offices. A vantagem crítica de estender a funcionalidade SD-WAN segura a trabalhadores remotos individuais, especialmente a superusuários, é que eles podem desfrutar de acesso remoto sob demanda, bem como de desempenho dinamicamente escalável, independentemente da disponibilidade de sua rede local.
- Secure Access Service Edge (SASE) – 17% das organizações fizeram investimentos em SASE antes da pandemia e 16% investiram em SASE como resultado da pandemia. Ainda assim, 58% planejam investir em SASE até certo ponto no futuro. Embora o SASE seja uma estratégia empresarial emergente, é cada vez mais visto como uma oportunidade de combinar funções de rede e segurança com recursos de WAN para dar suporte às necessidades de acesso seguro e dinâmico das organizações de hoje.
- Profissionais de segurança qualificados – No início da pandemia, apenas 55% das organizações tinham funcionários de TI qualificados suficientes para dar suporte à mudança para o trabalho remoto. E enquanto 73% das organizações declararam sua intenção de investir mais em profissionais de TI qualificados nos próximos 24 meses, a falta histórica de profissionais de segurança de TI qualificados pode representar um desafio.
Fonte Fortinet
por: Marina Wodewotzky
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