Ransomware Ryuk força Prosegur a desativar departamento de TI. Na quarta-feira (27), a multinacional espanhola de segurança Prosegur sofreu um ataque do ransomware Ryuk, um vírus do tipo Trojan que invade sistemas, criptografa informações e pede uma quantia em Bitcoins para que os arquivos sejam descriptografados.
Segundo o site Techmund, a Prosegur, que tem 170 mil funcionários espalhados em vários países e é uma das maiores fornecedoras de carros-fortes do mundo, desligou seu departamento de TI e dispensou os funcionários. Segundo a companhia, a medida foi necessária para evitar que o vírus se espalhasse pelos sistemas internos e externos.
O comunicado da empresa avisando sobre o incidente foi publicado no Twitter:
A unidade de negócios de Segurança e Tecnologia da Prosegur vem trabalhando há muito tempo na combinação de suas capacidades em vigilância física com as mais recentes inovações tecnológicas e analíticas. A empresa, que iniciou suas operações de cibersegurança em 2014, consolida agora um negócio global de cibersegurança com presença atual em 11 países na América do Norte, América Latina e Europa. Com uma grande e talentosa equipe e seis SOCs de última geração, a Prosegur estrutura sua atividade para se tornar um dos maiores players de segurança cibernética do mundo.
No Brasil, a área de negócio responsável pelos serviços de segurança corporativa é liderada pela SegurPro, empresa da Prosegur. A SegurPro atuará em conjunto com a Cipher para o desenvolvimento do mercado brasileiro.
As diversas fontes de notícia sobre a infecção da Prosegur elo rasomware Ryuk não fazem menção a Cipher e também não mencionam as unidades do Brasil.
Ransomware Ryuk tem causado estragos
A empresa espanhola não foi a única vítima do vírus Ryuk. Nos EUA, vários governos municipais e estaduais já foram atacados, além de hospitais e 110 casas de repouso.
Ryuk se tornou o maior responsável pelo aumento de 90% nos pagamentos de criptomoedas a ransomware. No início do ano, em apenas cinco meses, ele conseguiu coletar mais de 705 BTC, o equivalente a US$ 3,7 milhões na época.
As autoridades sempre orientam empresas e a população a não efetuar o pagamento do resgate dos dados, mas o aviso não tem surtido tanto efeito. Aos usuários comuns, resta manter um bom antivírus instalado na máquina, que precisa ter o sistema operacional sempre atualizado. Medidas como não abrir arquivos e emails suspeitos também ajudam na segurança.
Fonte: Techmundo & ZDNet & Twitter Prosegur
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