Os desafios da segurança em criptomoedas.
Com a promessa de revolucionar o sistema financeiro global, as criptomoedas têm atraído cada vez mais a atenção de investidores e entusiastas da tecnologia. No entanto, a segurança dessas moedas digitais continua sendo um tema de grande debate, principalmente aos usuários que ainda não dominam o assunto.
As criptomoedas utilizam uma tecnologia de segurança chamada blockchain – a qual permite registrar transações de forma segura, transparente e descentralizada. Sua principal característica é a segurança criptográfica, a qual impede a alteração ou fraude dos registros, além de dispensar a necessidade de intermediários, tornando as transações mais rápidas, protegidas e econômicas.
O blockchain é tão seguro que a sua tecnologia vem sendo estudada para outros usos, principalmente no mercado financeiro, um dos maiores alvos de ataques. Entretanto, por mais que seu sistema seja à prova de invasões, o mercado de criptoativos requer cuidados, pois as carteiras digitais utilizadas para armazenar as criptomoedas, podem ter vulnerabilidades.
Toda a transação é feita por intermédio das exchanges de criptoativos. São portais de negociação digital que agem da mesma maneira que uma plataforma de corretagem e negociação: ou seja, cada exchange permite que você compre e venda criptomoedas com outros traders.
As exchanges podem ser centralizadas, gerenciadas por uma organização corporativa (como uma corretora garantiria a segurança das negociações de seus usuários) ou podem ser descentralizadas. Elas distribuem a segurança e a verificação das negociações para quem deseja ingressar na rede (muito parecido com o próprio blockchain).
Queda de atividade ilícita
De acordo com o estudo 2024 Crypto Crime da Chainalisys, a atividade ilícita na internet caiu quase 20% no acumulado do ano, demonstrando que a atividade legítima está crescendo mais rapidamente do que a atividade ilícita. Apesar do declínio nas transações ilícitas, em comparação com o mesmo período do ano passado, duas categorias de crimes – fundos roubados e ransomware – estão em ascensão.
Existem desafios e ao mesmo tempo diversas soluções para melhorar a segurança das carteiras de criptomoedas, direcionadas principalmente à educação dos usuários. Por exemplo, é fundamental armazenar as chaves privadas em locais seguros, como hardware wallets ou em dispositivos offline.
É recomendável também que se faça a autenticação de dois fatores: ela coloca uma camada extra de segurança, exigindo que os usuários forneçam um código adicional, além da senha para acessar suas contas.
Algumas criptomoedas estão explorando mecanismos de consenso mais robustos, que funcionam atribuindo autoridade a validadores confiáveis. Esses validadores, selecionados com base em critérios como identidade e reputação, são responsáveis por criar blocos e validar transações que podem tornar mais difícil para um único atacante controlar a rede.
A segurança das criptomoedas é um campo em constante evolução. À medida que a tecnologia avança, novas ameaças e soluções emergem, por isso é importante que os usuários estejam sempre atualizados para adotar medidas de proteção adequadas para seus ativos digitais. Siga as recomendações da exchange e do seu consultor financeiro, pois a combinação de vários fatores de segurança faz toda a diferença para garantir a tranquilidade dos investidores.
Por: Marcus Vinicius Melo – CEO da Sigma Infinity
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