Agentes autônomos em IA revolucionam a cibersegurança, destaca PwC
Nova geração de inteligência artificial aprimora ferramentas e atua como “Guardiões Cibernéticos” com novas estratégias de governança e gestão de riscos
Agentes autônomos em IA representam um novo capítulo na cibersegurança e introduzem sistemas que podem raciocinar, planejar e agir de forma independente para alcançar objetivos complexos, o que pode aumentar exponencialmente a capacidade de trabalho nessa frente de proteção. Diferentemente de ferramentas tradicionais, estes agentes agem sem esperar instruções dos seus operadores.
De acordo com o conteúdo “Agents of change: The rise of autonomous AI in cybersecurity”, da PwC, no contexto da defesa cibernética corporativa, esses recursos de IA emergem como colaboradores inteligentes, capazes de detectar ameaças em tempo real, coordenar respostas por meio de orquestração e ajustar suas táticas de acordo com as mudanças de condições. Os agentes reconfiguram as regras de engajamento na defesa digital em um contexto em que a inteligência artificial se posiciona no centro das estratégias empresariais.
“Essa transformação redefine como projetamos e lideramos a cibersegurança, permitindo que sistemas autônomos defendam, ataquem, se adaptem e evoluam mais rápido que os humanos. É uma nova era que nos possibilita reimaginar o que é possível em cibersegurança. As organizações que desejam prosperar neste novo cenário deverão construir estratégias, culturas e equipes digitais que pensam e agem ao lado dos humanos como colegas de equipe”, afirma Eduardo Batista, sócio e líder de Cibersegurança e Privacidade na PwC Brasil.
O sócio explica que a transformação na cibersegurança vai além da adoção de uma nova tecnologia. Isso porque estas mudanças passam pela forma como os sistemas são projetados e liderados. Além disso, surgem novas questões sobre governança, responsabilidade e liderança destes novos processos. Neste contexto, a PwC destaca os principais aspectos da ascensão dos agentes autônomos em IA na cibersegurança e ações que ela envolve na organização:
- A próxima geração de defensores cibernéticos, os Cyber Guardians – A IA autônoma está se consolidando como a próxima geração de “blue teams”, projetadas para monitorar, responder e superar os invasores em tempo real. Esta capacidade promete duplicar a força de trabalho e acelerar a entrega de resultados.
- Governança e Responsabilidade – A ascensão dos agentes autônomos em IA levanta questões críticas: Como gerenciamos o que não programamos explicitamente? E como fica a responsabilização quando o ator é um algoritmo? Líderes de segurança (CISOs) devem repensar papéis, responsabilidades e riscos em uma era onde “colegas de equipe digitais” tomam decisões de missão crítica. É crucial manter os agentes autônomos em IA responsáveis, por meio de restrições, monitoramento e desligamentos controlados. A adoção de práticas responsáveis no uso da tecnologia impacta diretamente o retorno sobre investimento (ROI).
- Emergência de novas ameaças – Os agentes autônomos em IA também dão origem a novas e sofisticadas ameaças. Atacantes podem empregá-la em “Operações Sombra” (“Shadow Ops“) para fazer o reconhecimento inteligente e entrega dinâmica de payloads, códigos maliciosos ou arquivos projetados para explorar vulnerabilidades, roubar dados ou comprometer sistemas-alvo de forma automatizada e direcionada. Além disso, sistemas autônomos com acesso profundo e poder de decisão representam um novo tipo de risco interno (“insider threat“), especialmente se forem comprometidos ou desalinhados. Há também o risco de “Caos Multiagente”, quando comportamentos emergentes ou falhas na coordenação entre equipes de IA colaborativas podem gerar problemas complexos.
- Necessidade de liderança e transformação organizacional – As organizações que prosperarão nesta nova era não devem apenas adotar a IA, mas também construir estratégias, culturas e equipes digitais que pensem e ajam ao lado dos humanos como verdadeiros colegas de equipe. A liderança é essencial para moldar o que está por vir em uma era onde agentes inteligentes operarão junto e, às vezes, à frente dos humanos.
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