Site da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) foi hackeada

Site Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) foi hackeada na noite de segunda-feira, dia 13 de maio,  e todos os e-mails recebidos pela entidade foram sequestrados, inclusive os de inscrição para um evento em junho, informou o presidente da Abdan, Celso Cunha.

Segundo Cunha, os invasores pediram o resgate em criptmoedas, o que não foi atendido pela Abdan. 

Mesmo que tivéssemos criptomoedas não pagaríamos“, disse ele ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), acrescentando que irá denunciar o caso aos órgãos competentes, enquanto tenta recuperar as informações.

A Associação pede para que todos que já realizaram a inscrição no evento, cadastrem-se novamente através do site. O Presidente da ABDAN, Celso Cunha, foi surpreendido com a informação esta manhã: “ Com certeza, foi uma surpresa. Não esperávamos isso. Mas quero dizer também que não vamos negociar com esses criminosos. A ABDAN não está disposta a fazer qualquer pagamento. Vamos trabalhar para retomarmos a normalidade o mais rápido possível e também melhorarmos o nível de segurança de nossas informações. Aproveito para pedir que todas as pessoas que já haviam feito as inscrições para a WNU, façam novamente suas inscrições.

O minicurso da WNU sobre “A indústria nuclear mundial hoje” foi elaborado para melhorar o conhecimento dos participantes sobre o status da energia nuclear no mundo atual e seu desenvolvimento. O curso também tem como objetivo estimular os participantes a continuarem suas carreiras  neste campo que está  em expansão em todo mundo. Além de ter melhor conhecimento sobre energia nuclear no mundo de hoje, os participantes terão acesso as habilidades e experiências locais que se encaixam no quadro nuclear global. Terá uma perspectiva  para desenvolver uma visão de onde a indústria pode ir no futuro e fazer um Networking com profissionais nucleares do Brasil  e com especialistas internacionais.

A World Nuclear University (WNU) é uma rede que foi criada em 2003 no 50º aniversário da iniciativa “Atoms for Peace”, do presidente dos EUA Dwight D. Eisenhower, e é reconhecida como uma “Parceria para o Desenvolvimento Sustentável” pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Usinas nucleares

O MME (Ministério de Minas e Energia) declarou que pretende retomar o plano de construir entre quatro e oito novas usinas nucleares no País. A informação foi confirmada por meio de nota enviada pelo ministério, ao defender a conclusão de Angra 3, no Rio.

Para o setor nuclear, a conclusão de Angra 3 é importante, pois traz escala à toda a cadeia produtiva do setor, desde a produção de combustível à geração de energia. Isso se torna ainda mais relevante quando se leva em conta que o Brasil vai precisar investir em energia para o futuro, em função do aumento da demanda e do esgotamento do potencial hidrelétrico”, declarou o MME. “Por fim, o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) prevê a construção de quatro a oito usinas nucleares no País. Cenário que tende a ser confirmado pelo PNE 2050, publicação aguardada para breve.

Atualmente o País conta com apenas duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, que respondem por 1,1% da geração nacional de energia. Angra 3 elevaria essa participação para 1,2%. O plano de expansão de energia por fonte nuclear passou os últimos anos na gaveta, por conta dos desdobramentos do acidente de Fukushima, no Japão, em 2011. O governo da ex-presidente Dilma Rousseff chegou a cogitar a sua retomada, o que não ocorreu. Em 2015, o MME chegou a declarar que já tinha 21 locais no País estudados para receber as plantas e que as análises estavam em andamento.

Em 2011, apesar da localização exata das usinas não estar definida, o MME chegou a declarar que duas plantas deveriam ser construídas no Nordeste e as outras duas no Sudeste, em São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro. Atualmente a lei não permite que a exploração de urânio e geração de energia nuclear sejam realizadas por empresas privadas. Sem alteração na lei, portanto, todos esses projetos teriam de ser viabilizados com recursos públicos, por meio da Eletronuclear, estatal da Eletrobras.

Fonte: Estadão & O Petróleo & UOL & Correio Braziliense

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